15 setembro, 2018

Sobre estar em casa.

O relógio marca uma da manhã.
Amanhã tenho o casamento do ano é já devia estar na cama a realizar o sono de beleza para estar fresca e fofa mas cheguei ao Algarve, a casa e por mais vezes que cá chegue o sentimento é sempre o mesmo, nunca muda, nunca se altera, é o sentimento de quentinho, de mimo, de colo e de guarda.
É a loucura de ver os meus pais e o meu irmão.
Aquele sentimento de primeiro “date” sabem? Dá frio na barriga só de pensar que os vos abraçar e ver.... 
o ritual é sempre o mesmo: encher o pandulho, o meu pai gosta de garantir que a Malta está sempre em fase de crescimento (para os lados), é vir para casa depois de um belo jantar e ficarmos na varanda com o cheirinho da maré da ria formosa e ficarmos horas infinitas de conversa.
Estas horas de conversa têm mais ou menos as 4 estações do ano: conversamos, “discutimos”, rimos e choramos de tanto rir. É mais ou menos isto.
E esta partilha é tão mas tão grande que cada vez que me perguntam: “vamos jantar?” “Vamos beber um copo?” A resposta é sempre a mesma: vou jantar com os meus pais...
É a sensação de liberdade e leveza, estar com eles.
É tão bom que adoro trazer as amigas de Lisboa só para conhecerem esta minha família e poderem partilhar as horas infinitas de conversa na nossa varanda. (Há de ser sempre minha também, o meu quarto de solteira continua a existir, a minha mãe ainda não se lembrou de o transformar em closet graças a Deus.) 😂
Posto isto, já pus a conversa toda em dia tipo pita da primária que saiu da escola e contou tudo aos pais: como foi o dia, a roupa que vou usar amanhã, as amigas que vão comigo à próxima Revenge of the 90’s etc etc e chego à conclusão que está efetivamente na hora de ir para a cama, para a minha cama com colchas da Hello Kitty. 😂🙏🏼

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