11 fevereiro, 2015

Super mulheres à força.




Querer falar e não conseguir. 
Durante o dia alma cheia. Azáfama, correria, stress, movimentação. 
Chegando à noite, coração triste. 
Um quarto de hotel, apenas me resta a companhia da televisão e um portátil cheio de emails por responder. 
Uma cabeça cansada, um coração com saudades. Muitas preocupações. (Mesmo que não tivesse arranjava-as, sou perita). 
Fazer a ponte de ligação entre o familiar e o trabalho. Aturar a desvalorização de quem não percebe nada, de quem não sabe nem passa.
Depois disto tudo, ainda temos de erguer a cabeça e ser brilhantes ao final do dia. 
Gestão de pessoas, gestão de sentimentos, é o que tentamos fazer todos os dias. 
Até longe, temos de manter a ponte, o equilíbrio. 
Vais de viagem outra vez? 
Não me digam isso. Como se o que fizesse não tivesse brio. Como se não tivesse valor. Não se queixem quando não vivem sem o dinheiro para comer ao final do dia. É preciso trabalhar. É preciso fazer sacrifícios. Eu gosto do que faço! Muito! Mas não é por isso que não me sinto desgastada por vezes. 
Eu não sou a super mulher! 
Mas ao mesmo tempo tenho de ser. Eu e qualquer mulher. 
Pontes de ligação e equilíbrio entre trabalho, colegas, marido, filhos, pais. 
E ainda temos de ser bonitas, ainda temos de nos cuidar para fugir ao julgamento alheiro.
Tudo, todas as coisas nos influenciam. Externa ou internamente. 


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