Um cansaço acumulado que como por magia perto do mar se esvaireceu.
Uma ponte à minha frente envolvida de um longo curso de água de um lado e lôdo do outro. Caranguejos a entrar e sair da toca e eu senti que tinha 8 anos outra vez e que de balde na mão os apanhava e pedia à minha mãe para os cozer para o lanche.
Eu sou filha do Algarve, eu sou filha do mar.
Neta de um pescador, sofredor e ao mesmo tempo feliz por tudo o que o mar lhe deu.
Filha da fuseta. Filha do mar. Lembro-me de não saber como soube nadar. Simplesmente nadei. Tinha uns 5 ou 6 anos já nadava como se tivesse "20".
Antes de vir para o Algarve a primeira coisa que disse ao meu piqueno foi: Sábado de manhã leva-me a caminhar na praia. Preciso ver o mar.
Eu vi-o, ele viu-me e foi como se nunca nos tivéssemos separado.
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