Surgiu-me assim do nada. Enquanto ouvia jardins proibidos de um lado, a minha cherryzinha de outro enquanto falava com a mãe. Eu já tinha falado com a minha para dizer que o dia tinha corrido bem as reuniões também e que estávamos no hotel prontas para descansar e enfrentar mais uma viagem e reuniões de amanhã.
As vozes delas (mães) são doces e preocupadas. Querem ter a certeza de que estamos bem, de que não acelaramos na estrada e de que não nos vamos deitar tarde.
Enquanto penso em tudo e mais alguma coisa ao mesmo tempo, penso nele. No meu príncipe. Como será que ele está? Será que vai dormir bem sem mim lá em casa a fazer bagunça? (Sim eu sou a gaja, sim eu sou a bagunceira).
Tudo isto porque, senti o que eram pessoas felizes (à minha maneira, mas senti).
Pessoas felizes são aquelas que pegam na sua máquina fotográfica e não se importam minimamente com o que se passa à sua volta. Ficam a observar, a namorar e a fotografar a magia que olhos delas observam.
Pessoas felizes são as apaixonadas mesmo à distância. Penso nele nem que esteja a 1.000.000 de kms.
Pessoas felizes são aquelas que por mais obstáculos que tenham à sua frente dão pulos de alegria cada vez que limpam a caixa de emails e dormem descansadas porque não ficou um único cliente sem resposta.
Pessoas felizes são aquelas que por mais que viajem sonham sempre com o dia do regresso a casa.
Pessoas felizes são aquelas que dão gargalhadas com as maiores asneiras a passar no jornal, novela e casa dos segredos. São aquelas que descobrem gargalhadas onde elas não existem, são aquelas que enlouquecem e apimentam a vida.
Pessoas felizes são as despidas. São as (in)coerentes. Porque sabem ser loucas e sabem ser certinhas.
Pessoas felizes são aquelas que olham para a almofada da cama ao seu lado, totalmente branca e a pintam de cor de rosa.
Pessoas felizes esquecem, pessoas felizes criam, inventam, falham, levantam-se e voltam a sonhar.
Pessoas felizes são aquelas que olham para o dia que passou e sorriem porque já aprenderam mais alguma coisa com a queda do momento.
Sem comentários:
Enviar um comentário